terça-feira, 6 de julho de 2010

Mudanças

"...E eu vou embora, sem mais feridas, sem despedidas, eu quero ver o Mar."
(Vanessa da Mata - Música)

Acho que é exatamente isso, eu quero ver o mar. Quero o profundo, o além, perder a vista diante da imensidão, eu quero o novo.
Mas o novo, é sinônimo de mudança, e elas são bem-vindas. Às vezes(quase sempre), essas mudanças não são tão fáceis, não tem hora certa pra chegar ou ir embora e não dizem a quê vieram, é como o vento, sopra onde quer, e com ele, também leva e traz o que quer.
Eu, sou quase a própria metaformose ambulante cantada por Raul Seixas. É impressionante, mas 5 minutos podem fazer uma diferença imensa sobre mim, ou dentro de mim.
Tudo muda o tempo todo, ou melhor, as pessoas mudam o tempo todo, e de repente, aquilo que era, já não é mais. Aquela dor, já não dói mais. Aquela lembrança, já não faz mais tanto sentido e estar em determinado lugar não é mais agradável.
Eu costumo pensar algumas mudanças da minha vida como mudanças que ocorrem em algumas músicas. Inclusive, estava conversando com uma amiga sobre isso, e ela tem a mesma sensação (e me deu a idéia do post).
Por exemplo, a música Fico Assim sem Você, com a dupla Claudinho e Buchecha, eu não gostava tanto, de repente, vai a Adriana Calcanhoto e muda a melodia, a voz, e a música fica linda.
Eu amo as composições do Roberto Carlos, cada letra linda de dor de cotovelo, mas a voz dele, me desculpem, não suporto. Agora, quando Marisa Monte canta Eu te amo , Fernanda Takai canta Você já me esqueceu, Maria Bethânia canta Nossa Canção, a mudança é de queijo para cheiro verde, eu diria.

A mesma essência, com melodias diferentes, e ocorre uma transformação. E a vida é assim, não é mesmo?
Que mude o que deve ser mudado e permaneça o que é necessário. E que durante esse permanente processo, a gente realmente aprenda a deixar de lado aquela velha opinião formada sobre tudo.

Só não vale perder o barco rumo ao mar, não quero cantar no final:

Lá fora, amor,
Uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu.
(Chico Buarque - Carolina)

P.S: Chico é Chico, não tem nem o que dizer. Mas prefiro a música Carolina com o Caetano. Acho essa, uma das mais belas músicas com esse nome aí rs =)
P.S 2: Coloquei o vídeo das músicas citadas no post, é só clicar em cima do nome e abrir numa nova janela.

8 comentários:

  1. Muy bien! jajajajaja Acho que é mto bem em espanhol e os " jajajaja " é a maneira que os mexicanos fazem o "rsrsrsrs". Tu manda bem Tha! Sou seu leitor de carteirinha!

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  2. Minha parte favorita é quando você cita o vento. Mas sabemos que vento é um evento provocado e que depois de um tempo perde sua força, até desaparecer. Às vezes devasta, às vezes é tranquilinho como uma brisa nos dias quentes, gostoso, exatamente do jeito que precisávamos. Assim espero que seja seu vento... Um ventinho. Aquele do tipo "suficiente" para dar uma balançada no coqueiro e derrubar algumas folhas.
    Enfim, minha querida amiga, como você mesma disse, o vento leva... E traz! E às vezes, de volta!
    Beijos!

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  3. Parabéns Thais, mais um belo texto.
    Prefiro a musica Carolina do Seu Jorge.

    Beijo.

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  4. Ei Zoca!...

    Sabe muitas vezes na minha vida penso nessa musica e tomo coragem para arriscar coisas novas, sempre penso que não quero ser como a Carolina que assiste sua vida passando na janela.
    Adorei muitão o texto.

    Beijos.

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  5. Amei a analogia... as mudanças nos transformam e revelam detalhes sobre nós mesmos que antes não se percebiam, mas a essencia permanece. Parabéns pelo texto. beijos

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  6. amiga....é incrivel o qto a mesma musica nos faz ter diferentes sensaçoes dependendo do interprete,eh por isso que o q nos falta não são musicas...são interpretes!! Q consigam nos fzer sentir algo alem da melodia e das letras...
    sinto o msmo qdo as ouço ^^

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