quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Parabéns, Miyagi


Sabe aquela carta que guardamos na manga? Ou melhor, sabe aquela peça que você guarda num porta jóias e sabe que estará lá sempre que precisar? Uma peça tão valiosa que você só compartilha com pessoas especiais. Pois é, assim é o meu amigo nipônico. Uma peça valiosa, e que sempre acaba virando amigo das amigas.

Divertido, inteligente, gentil(tem lá seus dias de fúria, mas é gentil), pé de valsa, garanhão do funk (haha) e muito, muito dedicado aos amigos.

Fomos vizinhos de baia, uns 6 anos atrás, e eu nem imaginava que depois nos tornaríamos irmãos e que teríamos tanto carinho um pelo outro.
Bom, ele, o Élcio, é o japonês mais paraguaio que já conheci e certamente o mais engraçado também. Dono de uma gargalhada contagiante e de uma dancinha engraçada, que ele teimava em fazer em pleno expediente, me fazendo rir como uma louca.

Ele já me viu chorar e eu também o vi, já me viu sorrir, já me deu bronca quando errei, já reconheceu quando acertei, já me ouviu por horas e horas...
E sendo ele o melhor dançarino de rockabilly, me ensinou a dançar, é o meu Mestre Miyagi da dança, haha. Ele me acompanha pela vida, e me conhece como poucas pessoas.

Ele me chama de mano, cara, e eu nem ligo. Briga comigo dizendo que uso vestidos de uma menina de 10 anos de idade...hehe. E me liga em pleno sábado, 01 da manhã, perguntando se quero tomar um café, sem ser inconveniente; e acaba me livrando de uma festa chata, com todo seu humor.
Também é ele que me liga no dia do seu aniversário para receber parabéns...rs.

Pois para você, um enorme parabéns, viva muito mais, tenha sempre tudo de melhor que a vida possa oferecer. E continue cumprindo seu melhor papel, fazer pessoas felizes. Acho um luxo uma pessoa que tenha essa missão, fazer os outros sorrirem.

Saúde, paz, amor e todas essas coisas boas que as pessoas costumam desejar em aniversários.

Ah, e a música que eu mais gosto de dançar com o Sr. Miyagi, ops, com o nipônico...

=D

The Baseballs

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sobrevivi...Posso Contar



Foi na Bienal do Livro que ocorreu o lançamento de Sobrevivi...Posso Contar – Maria da Penha.
Dei uma passadinha por lá e me rendi a tietagem, mesmo morrendo de vergonha, rs.

Levei o livro para Penha assinar. Com o sotaque um pouco carregado ela perguntou se eu cursava Direito e o quê eu gostaria de fazer futuramente, respondi que faço Serviço Social e pretendo trabalhar com mulheres que sofrem violência.
- Ah, menina, tu está certa. Disse ela, carinhosamente. Então dei um abraço naquela mulher que sempre admirei e que viria admirar ainda mais após ler toda a sua história.

Penha foi torturada durante muito tempo por seu ex-marido, viu suas três filhas sofrerem com um pai extremamente violento e foi exposta a duas tentativas de homicídio. Primeiro, com um tiro enquanto dormia e posteriormente, eletrocutada durante o banho.

Marco, seu ex-marido, professor universitário e economista foi preso enquanto lecionava. 19 anos e 6 meses após a primeira denúncia de Penha.

Além de toda a violência doméstica, Penha foi violentada também por uma Justiça extremamente lenta e engessada.
O caso de Penha tomou grande repercussão, e gerou a revolta de movimentos feministas e de mulheres. Com a pressão de ONG's e Órgãos Internacionais de Direitos Humanos, seu caso foi enfim “visto”. E em 7 de Agosto de 2006 foi sancionada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha.

Poucas vezes chorei ao ler um livro, mas ao ler Sobrevivi...Posso Contar foi difícil conter as lágrimas. Hora por pensar em como um ser humano pode ser tão perverso e cruel e hora por tamanha admiração a uma mulher tão forte, iluminada e vencedora.

Desejo que muitas outras mulheres possam sobreviver e contar.

"Acordei de repente com um forte estampido dentro do quarto. Abri os olhos. Não vi ninguém. Tentei mexer-me, mas não consegui.
Imediatamente fechei os olhos e só um pensamento me ocorreu: “Meu Deus, o Marco me matou com um tiro.”
Um gosto estranho de metal se fez sentir, forte, na minha boca, enquanto um borbulhamento nas minhas costas me deixou ainda mais assustada. Isso me fez permanecer com os olhos fechados, fingindo-me de morta, pois temia que Marco me desse um segundo tiro."
Maria da Penha.

Ah, uma outra leitura que gostaria de compartilhar com vocês, é um texto que foi publicado na Folha, infelizmente, bem diferente do livro da Penha. Com um conteúdo extremamente machista.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gente boa!

É óbvio que o mundo anda ao avesso, e que tem muita gente má por aí. Mas, não é sobre esses que quero falar, quero falar sobre pessoas boas que cruzam os nossos caminhos.

Segunda fui visitar uma amiga, num bairro que não conheço muito bem. No ônibus, pedi para a cobradora me avisar onde deveria descer.
Fiquei próximo a ela, de pé, para não correr o risco de ser esquecida.

O dia estava super quente, mas comecei sentir um calor fora do normal, e suar bastante, e sentia minhas mãos formigarem, pensei: acho que não estou bem. Depois disso, só lembro que acordei com um cara me segurando e me levando até um banco, me abanando. Desmaiei, e se não fosse o cara, teria caído no chão igual banana madura, ou igual minha pressão, rsrs.
Este cara que me segurou perguntou onde eu desceria, e eu, ainda zonza, não lembrava o nome da rua, pedi que a cobradora falasse, a bonita também não lembrava mais, rsrs.
Achei o endereço anotado, e o moço, muito do fofo, desceu junto comigo, longe do destino dele.

Descemos próximo a uma lanchonete, e ele pediu que eu aguardasse um minuto, entrou na lanchonete e voltou com uma água de coco, dizendo que um líquido me faria bem, e que água de coco é o melhor e mais gostoso soro que existe. Me levou até a casa da minha amiga e se despediu pedindo que eu me cuidasse.

O dia foi passando e logo melhorei, impressionada com tamanha bondade do moço, e muito feliz por ter a sorte de cruzar muitas vezes com pessoas assim, de coração grande e bom.

PS. O fofoleto, além de tudo, era um gato! haha.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pelas ondas do rádio...

Concordo quando as pessoas dizem que as coisas simples da vida são as melhores. As vezes, algo pequeno é capaz de transformar um dia, uma situação, ou simplesmente nos marcar com uma boa memória.
Hoje estava ouvindo uma música e lembrei algo que aconteceu há pouco tempo.

Sempre levo comigo um mp3, afinal, música funciona como combustível para o meu cérebro rs. Mas acabei esquecendo o iPod um dia, assim, só restou ouvir rádio FM pelo celular. E antes de ligar, pensei: Seria tão bom se tocasse a música Pessoa da Marina Lima. Queria muito ouvir.
E não é que quando liguei o rádio estava começando justo essa canção. Seria muito normal se fosse uma música atual, e não é o caso. A música é de 1993, e não costuma tocar com muita freqüência.

Fiquei impressionada. Adoroooo Marina Lima, mas, essa música em especial, é uma daquelas certas canções que ouço e cabem tão dentro de mim, que perguntar carece, como não fui eu que fiz?

Sou extremamente medrosa, principalmente quando se trata dessas coisas do coração.
Mas o mais curioso, foi a música que tocou em seguida... O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre.

Será que foi uma resposta? Rs.

Não sei, só sei que aquele dia me senti agraciada,como se houvesse uma conexão muito forte entre aquela playlist e o meu coração.

PS - Computador quebrado é uma droga, que saudade da blogosfera rsrs.